sábado, 12 de julho de 2014

E enquanto aguardo o euromilhões...

Há dias assim em que esta enxaqueca horrível traz uma tristeza medonha. Em que a tua ausência me dói mais, o teu sorriso me faz falta e as ruas não fazem sentido sem o teu perfume.
Há dias assim, em que uma simples ida à praia é despida de sentido. Nos olhos da tua filha vejo um lamentar penoso, que mergulho após mergulho revela a falta do teu abraço protetor, enquanto os meus olhos não descansam dos seus no meio da multidão e eu me sinto pequena demais para dois.
Há dias assim, em que almoçar fora de casa, nos nossos sítios do costume, só me traz nostalgia, em que a falta de apetite aumenta e afogo as minha mágoas em cafeína fresca com bolhinhas.
Há dias assim, em que 5 minutos de descanso é tempo demais, longos demais, sofridos demais!
Há dias assim, em que me canso de fazer de conta que não sinto, que não choro, que está tudo bem. 
Há dias assim, em que sinto falta de casa, da nossa casa, casa que somos nós mas também és tu. Dias em que peço a minha vida de volta, a vida que construí contigo.
Há dias assim, em que amor de mãe e pai não chega, em que amor de filhos ajuda, em que o teu amor apenas me confortaria.
Há dias assim... 

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