domingo, 27 de abril de 2014

E que tal um picnic?

Este fim-de-semana foi maior do que habitual e, portanto, foi ainda melhor do que habitualmente é. Soube tão bem dormir um pouco mais, relaxar um pouco mais, sem obrigações horárias e afazeres domésticos ou familiares. Eles adoraram e eu também! 
Foi realmente um fim-de-semana de liberdade, vivido com tanta descontração, sem tabus, repleto de amor e mimo, em que se cantou e falou de liberdade, esse bem precioso de que cada vez menos se fala por ser um bem adquirido destas novas gerações.
E viver a liberdade pode assumir tantas formas... o simples ato de hoje tomarmos um café sentadas numa esplanada a conviver de igual para igual com amigos é fruto dessa liberdade. Aliás, o simples ato de hoje partilhar aqui as minhas peripécias é resultado desse grande passo que há 40 anos homens e mulheres ousaram dar.
E, por isso, também mas não só foi motivo ainda maior para desfrutar dos meus filhos da melhor forma que sei fazer: a brincar, a tomar pequenos almoços especiais, a passear no parque e apreciar a natureza, a comer gelados, a correr, a ser melguinha quando é preciso, enfim... a ser mãe, livre como um passarinho!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Estar na moda sem estilo!

Sou péssima a conjugar padrões. Sempre fui!
Sou um desastre a conjugar cores, não me parece que a idade "de gente crescida" me tenha feito mudar!
Por isso, opto por lisos e cores neutras no meu guarda-roupa. Mentia se dissesse que não gosto de cores frescas e veraoseiras, de estilos diferentes e chiques, de padrões giros mas, na hora H, acabo por escolher sempre peças de cores neutras e sem estampados que pincelam entre o clássico e o casual chic.
Sou fã do estilo casual chic. Adorava ser capaz de usar e abusar dele. Fazer as combinações perfeitas, misturar bolas com quadradinhos, ou riscas com florinhas, ousar nos acessórios e dar a peças simples o glamour que invejo em quem tantas vezes por mim passa, mas não sou capaz!
E por isso, todas as manhãs na hora de abrir o guarda-roupa a deceção é a mesma! O que vestir de entre uma panóplia de peças das quais já estou cansada?!
E assim se sucede, dia após dia, semana após semana, mês após mês. 
Se vos confessar que adorava fazer compras e agora tenho a maior das fobias!
Ainda há cerca de umas duas semanas decidi que teria que comprar umas peças novas e diferentes. Não precisava de exagerar nas mudanças mas só o facto de comprar algo novo, com cheirinho a fresco, já seria um passo satisfatório para o meu ego. Pois, foi a maior frustração dos últimos tempos. Adorava cada peça em que tocava mas depois no provador não gostava de ver-me com nada.
Saí da Massimo Dutti - marca que adoro, com a qual me identifico e que coleção após coleção tem peças que se enquadram a qualquer estilo e são intemporais -, tristíssima e com uma vontade imensa de chorar. 
Nada! Nem um pequeno saquito na mão! Nem sequer uma peça básica! NADA!
Se lá fosse hoje sei que seria igual, se fosse amanhã igual seria, ou depois, ou depois, ou depois... Não foi um dia menos bom, apenas não consigo!
A isto junta-se o receio de uma má escolha e de encher o meu guarda-roupa com mais uma peça que não me enche as medidas!
Enfim, o meu filho é que está certo. Tão pequeno e tão sábias palavras: "Mamã totó!"

terça-feira, 22 de abril de 2014

História de ovos e dentes de leite

Sempre ouvi falar do Coelhinho de Páscoa por esta altura do ano, como se fala do Menino Jesus e do Pai Natal em dezembro de cada ano. 
Imaginar que o Coelhinho de Páscoa tem uma qualquer parceria (para não dizer relação obscura) com a Fada dos Dentes até para mim é demais! Considero-me uma mãe com uma imaginação fértil (por vezes até demais no que toca aos meus filhos!) mas juntá-los numa mesma história parecia-me, até anteontem, impensável. 
Também já pensei que tudo pode ser resultado de reza de pai de santo, contratado por qualquer galináceo, unha e carne com o Coelhinho de Páscoa, não fossem eles parceiros no negócio dos ovos de ouro, aborrecido por termos trocado os seus ovinhos de clara e gema por uns ovinhos bem doces de gema e hóstia. 
Bom, certo é que, em pleno Dia de Páscoa fechamos a porta ao Coelhinho de Páscoa e abrimos a janela à Fada dos Dentes. Foi uma Páscoa em cheio! Confesso que a dada altura já contava com o Capuchinho Vermelho e um cesto de ovos de chocolate a entrar por qualquer postigo! Graças a Deus o lobo mau ouviu as minhas preces e deve ter desviado o cesto antes da menina de capuz escarlate cá chegar (já não se aguenta ovos de chocolate de todos os tamanhos, com brinde ou sem brinde! E que tal reformarem este Coelho e fazerem sair da cartola um outro mais amigo de dentes e barrigas?!). 
E portanto, já que falamos em dentes, e porque foram eles que nos meteram neste embrulhada de espécies raras, temos desde domingo uma M. felicíssima porque lhe caiu o primeiro dente ainda antes de voltar à escola. 
Agora sim está crescida e já tem a cratera na gengiva que o pode comprovar! Hoje à entrada no colégio era toda sorrisos! Parecia uma daquelas crianças contratadas para um qualquer anúncio televisivo a uma pasta de dentes infantil última geração! Mas tinha mesmo que ser, não fosse alguma amiga mais distraída não reparar que também a ela os dentes caem!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ovinhos de Páscoa doces e amarelinhos

A nossa Páscoa este ano foi bem docinha!
Não fugimos à tradição dos ovinhos de Páscoa mas substituimos os famosos ovinhos de galinha por outros que assumem formas variadas - recheados de um amarelo doce doce e que só podem ser abençoados pois por fora revestem-se de uma fina camada de hóstia. Yummi!
Tiramos três dias só para nós... reformulando! Tiramos três dias só para eles! E foi bom, ao jeito deles! Com muito colo (e, consequentes dores musculares!), muitos mergulhos de piscina (e, consequentes pirolitos!), boa cama e boa mesa (e, consequentes quilinhos a mais!) e, claro, muito, muitos, muitos beijos lambuzados e abraços apertados, sem consequências nefastas para a saúde, pois beijinhos e abraços são sempre muito bem-vindos!
Namorar?! Pouco, quase nada! Eles tomaram-nos o tempo todo! Conseguimos talvez trocar alguns olhares apaixonados, uma ou outra carícia entre um pegar de colo ou um mudar de fralda. 
Conversar?! Muito! Um pouco de silêncio tinha sido até bem vindo! Um silêncio partilhado a dois! Claro que as vozes que se ouviam eram as deles. "Oh mãe dá-me um gelado?"; "Mamã colo!"; "Oh pai não quero almoçar nesse restaurante, prefiro aquele!"; "Papá mota!".
Dormir?! Um pouco mais que o habitual mas não o suficiente para recuperar energias!
Ainda assim, balanço positivo para um fim-de-semana prolongado que ao J. e à M. só fez bem!
Quanto a nós, bom... e que tal começarmos a pensar num fim-de-semana a dois?! Pode ser uma noite só mas tem que ser num sítio muito especial! Até já sei qual! ;) Que me dizes J. pai?!

domingo, 20 de abril de 2014

E depois do adeus...

5 da manhã. 
Quem me dera parar o barulho irritante das rodinhas desse troley que dentro transporta saudade. 
Pudera eu impedir o bater da porta desta casa onde a palavra família só faz sentido contigo.
Limito-me ao silêncio. Calo a voz e engulo o choro. Ela bate mais uma vez!
Do lado de lá a vontade de ficar mais um pouco. Do lado de cá três boas razões para que não mais vás. 
Eles dormem. Um sono inocente longe de imaginar que mais uma vez tudo se repete e o acordar de hoje será bem diferente do de ontem.
Eu, que já deixei os anos inocentes para trás, não consigo deixar vencer o cansaço e dormir. Ouvi-a bater e sei bem o que isso significa. Deixar de viver e passar ao modo sobrevivência, novamente.
Choro. Lamento por ti, lamento por eles, lamento também por mim, pois ainda que voltes três semanas depois és um visitante na nossa casa e um espectador da nossa vida.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

O melhor do meu dia #18

Um final de tarde quente com um sol envergonhado.
Um abraço surpreendentemente inesperado.
Um beijo carregado de saudade que voou até mim.
Olhos brilhantes que se cruzam e dizem mais que palavras.
Mãos que se tocam numa valsa carente e envergonhada.
Uma flor, vermelha cor da paixão, que não tem cheiro pois é o teu perfume que me extasia.
Uma mão que desliza pelo meu rosto e uns lábios que ternamente se encostam aos meus e sussuram segredos.
Um final de tarde à beira mar, com um sol que se despede devagarinho e uma chuva miudinha que se esconde alegremente por trás dos meus olhos.

Em modo de preparação para fim-de-semana a quatro

Hoje acordei com uma sensação deliciosa de "hoje é segunda mas são só 3 dias!"
Desengane-se quem pensa que para mim as semanas de trabalho são um tormento, felizmente gosto do que faço e da vida profissional que escolhi, mas estou a precisar de sentir a vida a quatro.
O J. pai está quase quase a chegar para passar a Páscoa connosco e esse é já um motivo de grande alegria. Sim, continuamos a sentir muito a sua ausência! Sim, a nossa família sem o quarto elemento não é a mesma! E sim, vai ser um fim-de-semana prolongado de "comer e chorar por mais"!
Durante quatro dias vamos esquecer o cansaço acumulado, as noites mal dormidas, o coração apertado de saudade, as refilonices e birras, e vamos lá a aproveitar o que de melhor a vida nos reserva - a família!

quarta-feira, 9 de abril de 2014

O melhor do meu dia #17

Hoje o regresso a casa cheirou a infância, teve sabor a saudade e fez-me perceber que também os meus filhos são reis em casa da avó. 
A tarde da avó L. e dos netos - J. e M. - foi passada na cozinha. Que boas recordações isto me traz! 
Lembro perfeitamente que eu já estive no lugar dos meus filhos, com outra avó com o mesmo nome (nessa altura era a minha) que, da mesma forma, gostava de rodear-se das netas, naquela mesma cozinha, por esta mesma altura do ano, amassando, peneirando e fazendo levedar a farinha.
A mesma cara de satisfação dos meus filhos reconheço em nós (em mim e na minha irmã) no passado. Lembro com tanta nitidez que parece que foi ontem... e, pensando melhor, já lá vai tanto tempo!
Depois disso a minha avó é saudade, a minha mãe é avó e eu sou mãe, e as crianças que brincam naquela cozinha já não sou eu e a minha irmã, são os meus filhos e, daqui a nada, a filha da minha irmã (minha sobrinha e afilhada)!
Como o tempo anda a passo ligeiro, como ele corre veloz, como ele voa com asas de dragão lendário... E assim se faz história, se registam memórias, se escreve a saudade!
Broinhas doces by Avó L. e netos J. e M.
Acreditem souberam tão bem quanto parecem!

domingo, 6 de abril de 2014

Um dia em cheio!

Depois de tanto cinzento, de tanta chuva, já cansada de sobretudo, guarda-chuva e botas de água, eis que chega o sol e com ele a boa disposição. A vontade de sair de casa, mesmo que sozinha com dois miúdos! A vontade de arriscar e vestir roupa mais leve, com cheiro a verão e praia, de ver gente gira e bem disposta e rever caras simpáticas, de deixar os miúdos soltar a franga, brincarem livremente, rirem alto se lhes apetecer, soltar balões, correr e saltar, mexer na terra e procurar tesouros... 
O nosso domingo foi isto tudo, e muito mais! Confesso que a sensação que tenho hoje, ao final do dia, é de que o dia não teve apenas 24 horas... foi longo, foi bom, foi demais! Vamos lá a esquecer as horas sem dormir, as situações da vida que nos stressam, as paranóias dos outros e as nossas... e toca a ser felizes! 
Houve tempo para tudo. O nosso tempo esticou, esticou, esticou... 
Paragem obrigatória no Oporto Kids Market ao final da manhã. Uma hora excelente, pouco ou nada confusa - a ideal para que eles se divertissem sem confusões. Um evento super bem organizado pela Filipa Cortez Faria, num espaço muito bem escolhido (Alfândega do Porto) que contou com algumas marcas que adoro e que não esqueceu uma causa solidária muito válida - as entradas a 1 euro bem como o montante angariado irá reverter para a Liga dos Amigos e das Crianças e Famílias Rainha Maria Pia. Parabéns a Filipa por ter apostado num local central, com estacionamento garantido, e bastante amplo.
Adoramos ver ao vivo e a cores, mexendo nos tecidos e espreitando os pormenores, todas as novidades que as nossas marcas prediletas propõem para esta nova estação - cores frescas, tecidos leves, laços, bolas, flores... uma coleção de babar!
Já tinha saudades de ver algumas caras conhecidas, confesso. Caras que sempre me animam. Caras simpáticas e animadas como a da Maria de Fátima da Maria Bebé, marca que adoro e que com grande satisfação vejo evoluir positivamente, mantendo a qualidade e o excelente preço; a Rita, da Kiddos, sempre amorosa e que apresenta uma coleção lindíssima para este verão, nuns pendants para manos a que é impossível resistir. Para mim um dos espaços mais fofos do mercado. 
Ao longe ainda vislumbrei a Ana da Ma Petite Princesse, mas nem me atrevi aproximar para não incomodar a azáfama das muitas mamãs de bom gosto que apreciavam, e compravam, as coisas lindas da coleção. 
Enfim, foi bom rever pessoas que nos fazem bem, que nos falam dos seus projetos de sucesso, e que nos dão o exemplo de que vale a pena apostar nos sonhos e lutar por eles. Mulheres de armas, de bom gosto, a quem devemos agradecer as coisas lindas que os nossos filhos vestem, mulheres que muito admiro pois são um exemplo de que podemos tudo quando queremos! 
Para além disso, brincamos, brincamos, brincamos... às princesas e princípes, de coroas na cabeça, purpurinas no rosto e baton escarlate nos lábios. Brincamos com massa de pão colorida, que o J. meteu à boca, distraidamente, vezes sem conta e da qual fizemos nascer minhocas fininhas. Brincamos ao fundo do mar, reciclando materiais. Brincamos aos modelos numa passerelle cor-de-rosa choque e em frente à objetiva do Ricardo Silva (Tales of Light)... e vira para cá, depois vira para lá, e sorri, e pára com birras, e só mais um shot, e... perfeito! 
Não conhecia o Ricardo pessoalmente... conheço o seu trabalho incrível, que espreito no FB, e reconheço-o como um dos mais criativos nesta área da fotografia, mas tinha curiosidade em perceber como consegue captar a essência... e em poucos minutos consegui. Ele tem uma capacidade enorme de descontrair os miúdos, dá-lhes espaço (vê-se que sabe bem o que faz, é profissional) e tem bom ar. Transmite tranquilidade e alegria... e os miúdos sentem isso a léguas! Felicidades Ricardo para a nova etapa que não tarda nada nada! Isso é que vai ser tirar fotos daqui em diante ;)
E porque o espírito de brincadeira parecia não ter fim (nem o João Pestana teve hipótese) reservamos a tarde para brincar com terra, com flores, com ervinhas e pauzinhos, aos polícias e cowboys, às bailarinas e aos piratas e tesouros escondidos. 
O dia esteve uma delícia! Apetecia mesmo aproveitá-lo até ao último segundo e foi o que fizemos! Os miúdos felizes como há muito já não os via e eu, confesso, muito bem disposta como há tempos não me sentia. Tirá-los de casa é ótimo... ficam menos aborrecidos, menos birrentos e, claro, obrigatoriamente temos uma mãe mais feliz!




quarta-feira, 2 de abril de 2014

Conta-me histórias...

Hoje é o Dia Internacional do Livro Infantil. Soube-o logo pela manhã a caminho da escola, cerca das 8h15, com mais um Mixórdias de Temáticas da Rádio Comercial. Obrigada Ricardo Pereira e equipa da Comercial por me fazerem acordar do ar sonolento com extrema boa disposição.
Nessa hora planeei surpreender a M. e o J. 
Sem desculpas, hoje seria dia de uma das nossas leituras de cama (mesmo antes de dormir). Num passado ainda recente eu e a M. dedicávamos sempre este momento à leitura, ela adorava e eu gostava de a ver feliz. Hoje com tantas tarefas a executar antes de os adormecer (aos dois na minha cama) rapidamente são horas de dormir e ponto! E lamento porque, reconheço, leio muito menos à M. desde que o J. nasceu e consequentemente leio muito pouco ao J. Sei que a M. sente falta das minhas histórias, contadas de livro na mão ou inventadas e repetidas vezes sem conta (as suas preferidas), num teste à minha capacidade de memorização.
Por isso hoje, logo pela manhã, decidi que hoje seria dia D. 
Dei por mim a pensar de imedaito em uma ou duas opções, mas não me foquei muito nesse capítulo pois decidi que hoje seriam eles a escolher, fosse uma história com muitas ou poucas páginas.
Excusado será dizer que o tiro (que parecia tão certeiro!) me saiu pela culatra! Depois da última aula de ballet antes de férias (uma aula bem animada por sinal), conduzi rumo a casa. Fizemos os TPC da M. (hoje estava num dia de cansaço puro e por isso demoramos mais do que é habitual), lanchamos e, rapidamente, são horas de jantar. Segue-se um banho rápido ao quadrado (e por isso tudo menos divertido). Lava cabelos e corpo, limpa cabelos e corpo, põe creme, veste pijama, penteia cabelos, fala com pai via skype e... enquanto preparo as roupas do dia seguinte, atendo um telefonema (é tão bom falar com amigos de quem a azáfama do dia a dia nos afasta!). Volto ao quarto com a minha sugestão nas mãos e é incrivel como perdemos a noção de tempo quando estamos entusiasmados a falar com alguém! Ups! Imaginem o meu espanto - dormem profundamente, abraçados um ao outro, com o ar mais feliz e descansado do mundo.
Assim, reconheço que não comemoramos este Dia Internacional do Livro Infantil como a tradição obriga, mas tenho esperança que neste momento, na cabeça dos meus filhos, enquanto dormem o sono dos justos, lindas histórias encantadas se abrem como livros mágicos de princesas e piratas.
Afinal, depois do dia de hoje, muitos outros se seguirão e nunca é tarde para uma boa história.