terça-feira, 30 de julho de 2013

Docinhos de amor

Costumo dizer em jeito de brincadeira que não devo ser muito má pessoas pois a vida tem-me presenteado com pessoas extraordinárias... a algumas dessas chamo família, a outras amigos, e há ainda aquelas que, não fazendo parte deste núcleo mais restrito, são pessoas que tenho um enorme prazer em conhecer porque são realmente homens e mulheres incríveis, verdadeiros exemplos de força e persistência.
Uma dessas pessoas é a S. 
A S. tem uma filha linda e eu uma filha linda tenho, por isso, reuniram-se as condições para que os nossos caminhos se cruzassem e hoje não se desgrudassem. Mais que não seja uma duas vezes no ano pelos aniversários da M. e do J. (e vão já perceber porquê!)
A S. é uma lutadora nata... mãe de dois filhos - uma princesinha e um piratinha - e uma mulher polivalente com umas mãos-de-fada e um coração muito muito grande onde há espaço para todos e para todas as causas. 
Ficou desempregada há algum tempo atrás e com dois filhos não teve tempo sequer de desanimar e chorar baba e ranho. Reuniu toda a sua energia e cheiinha de força positiva fez pela vida.
Hoje tem dois projetos giríssimos que muito prazer lhe dão e que a par dos filhos são a menina dos seus olhos - Sweetmomscakes e MomentsBySoniaPontes.
Se por um lado mete a mão na massa como cake design e decoradora de eventos, por outro à distância de um click torna eternos especiais momentos da vida adocicando-os com ternura, com afetos.
Aqui está mais uma mulher do norte que é a prova provada de que "quando se fecha uma porta se abre uma janela". Por vezes pode parecer-nos apenas um postigo, daqueles a que jamais conseguiremos aceder, mas há é que não desistir de entrar, chegar, ver e vencer. Já se sabe que a vida nos põe à prova todos os dias, quando menos esperarmos, por isso depende apenas de nós dar a volta por cima e "qui ça" bem acima do espectável.
Deixo-vos algumas sugestões do projeto Sweetmomscakes especialmente concebidas para alguns dos momentos especiais da nossa vida. Fica já aqui o aviso de que em dezembro teremos mais um desafio! ;)

Bolo aniversário M. 2012
Bolo do Picnic do Grupo de Mães do Porto

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Que saudades eu já tinha da minha alegre casinha...

"Finalmente, a minha casinha! Espetacular! Obrigada!!!"
Há muito tempo que ouvimos a M. dizer que adorava ter uma casinha de jardim... com janelas, porta, cortinas... que servisse para brincar às mães e às filhas.
Em nossa casa seria impensável. Vivemos num apartamento sem jardim e apesar de ter bastante espaço interior precisa é de uma redução urgente ao número de tralhas que eles vão juntando. Claro que isso não apresenta obstáculo algum! A casa dos avós M. e L. é sempre a solução para brincadeiras ao ar livre, almoços e jantares de família, churrascadas, mergulhos de piscina, pois como ela adoro dizer "esta casa também é minha!".
E assim, fazendo jus ao ditado "quem não chora, não mama!" (bem certo e sabido) e depois de tanto pedinchar, claro, o que seria de esperar-se... os avós não descansaram enquanto não deram resposta ao capricho da princesa.
Com a tia a ajudar à festa, que embora gravidíssima não se esquece da menina, no domingo lá aparece a mansão de três assoalhadas no jardim da casa dos avós... e "com painéis solares", exclama prontamente a M. a olhar orgulhosamente para o pai.
Bom, escusado será dizer que a alegria transbordava-lhe pelos olhos... beijos, abraços, mil agradecimentos e um sorriso de orelha a orelha que o pequeno J. 
rapidamente aprendeu a copiar. 
Mais ninguém os tirou de lá... 
E pensar que ainda agora as férias começaram e já sabem a verão caprichoso, com sabor a pouco e rostos felizes todos os dias. Até as pernocas da M. e os seus bracitos estão mais roliços... casa da avó é mesmo outra coisa! 
Temos a avó a fazer cortinas para a janela da casinha da princesa a encher a piscina para os meninos e o avô a encher a arca frigorífica de Epás porque "está muito calor e um geladinho nunca fez mal a ninguém".
Que sorte têm os meus filhos! E que sorte tenho eu por saber que eles são crianças felizes porque os avós estão sempre por perto, atentos, disponíveis e de coração aberto, dando-lhes muito amor e vivendo com eles momentos tão singelos como os de hoje "na mansão de 3 assoalhadas". Estou certa que um dia recordadão momentos como estes como únicos e especialíssimos.















sexta-feira, 26 de julho de 2013

Recordar é viver!

Recordo-vos com saudade, com ternura, com um gemido sentido e mudo. 
Recordo momentos a preto e branco desgastados pelo tempo; ouço risadas estridentes mas que mais ninguém ouve e me fazem suspirar de saudade.
Recordo feições que se desvanecem; cabelos brancos; pernas imaculadamente brancas que o tempo não fustigou; corpos esqueléticos e fragilizados que gostava de puder curar; olhares tristes por onde restos de vida se esgueiram sem pedir licença.
Recordo o cheiro da mistura de Colónia Ach. Brito e Restaurador Olex; as faces rosadas de Tokalon; um colar de pérolas que tem o peso de histórias; o cheiro a pão quentinho onde a manteiga se derrete e o bafo quente do chã preto que sopra de uma chávena em porcelana rosada.
Recordo pássaros e passarinhos e umas mãos grossas, calejadas pelo trabalho, que delicadamente os alimenta e os mima; camélias... brancas, rosa e vermelhas que peneirentas espreitam da árvore e amarelecem no chão; grãos de milho que caem no chão enlameado e são depenicados vorazmente por bicos esfomeados.
Recordo beijos e abraços; tardes de choro no sofã com as faces rosadas e inchadas que encontram conforto num colo que cheira a sabão rosa, umas mãos que me afagam a cabeça e uma voz que reza a um qualquer santo pedindo clementemente que afaste da "minha menina" dores e maleitas.
Recordo dias de verão; o som dos travões de um autocarro que corremos para não perder, uma cesta de picnic, uma garrafa termos que se abre e que faz sair uma nuvem com cheirinho a cevada, e risadas de criança que saltam na água gélida do mar sob os olhos vigilantes de um rosto de amor. 
Recordo o som da colher que toca no caneco de inox e faz agitar o refresco de cevada... doce... fresco... bebido de uma só golada!
Recordo umas mãos de senhorinha, já enrugadas mas sempre impecavelmente tratadas, que se agitam num movimento forte e amassam e peneiram e fazem o sinal da cruz; um avental enfarinhado de folhos e tecido de chita; o cheiro a pão acabado de cozer e o estalar da folha de couve que se quebra.
Recordo os olhos de um azul-esverdeado ciumento que esconde amarguras e segredos; baralhos de cartas e fotos antigas amareladas pelo tempo; corpos caídos no chão que pedem socorro e desistem de lutar; lágrimas profundas que deslizam por um rosto velhinho, que acaricio com a alma porque receio que a minha mão trema e o meu coração salte.
Recordo sons, gestos, cheiros, imagens... da vida deles, da minha vida, das nossas vidas e da vida de tantos outros. Recordo porque recordar é viver e ao recordar, transformo-me num mágico que numa esperança louca tenta um truque de magia capaz de fazer tudo voltar à vida.





p.s. aos meus avós que tiveram especial papel na minha vida e, em especial, aos avós dos meus filhos a quem um dia eles deverão recordações como as minhas e a quem eu devo apenas TUDO!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Mãe, mammy ou mamã...

MÃE!!!!!
Som estridente que me acorda em sobressalto de um sono solto, mal dormido, leve, forçado, exaustivo. Mãe de socorro, de ajuda, de aborrecimento, de malvadez, de refilonice...
MAMÃ!
Som que se esgueira de uns lábios pequeninos que mal conseguem ainda articular palavras, que me chegam com um abraço ou um beijo molhado. Mamã de mimo, de colo, de sono, de choro, de doçura...
MAMMY...
Som guloso, brincalhão, atrevido, que me lambuza as faces, que me arrepia o ouvido, que me faz torcer o nariz. Mammy de brincadeira, de correria, de esconde-esconde, de mimalhice, de nariz-empinado querendo parecer gente crescida...
Mãe, mamã ou mammy... som dito, ouvido, falado, sentido, gritado... que me embala, me preenche e me conforta.
MÃE... MAMÃ... MAMMY... que importa a forma se o que realmente interessa é o conteúdo, que importa o predicado se conheço o seu sujeito.
MAMMY, MAMÃ, MÃE...  para sempre vossa!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Pé, pézinho e xispe!

Pé... de Cinderela, em pontas de bailarina, pé curto e estreito onde os sapatos não querem servir, pé sensível e macio, pé que gasta meias solas e calça sabrinas de bailarina, pé de faz de conta que num toc toc desajeitado exibe tacões agulha.
Pézinho... de bebé, erguido no ar e levado à boca, pé de xolé com cheiro bom a bebé, pé de chumbo que se desequilibra e não consegue chutar a bola certeira e fazer gooooooolo!
Pezão... de mãe, com unhas de um vermelho escarlate, tostado pelo sol, ligeiramente enrugado e seco como folha de árvore em manhã de outono, pé com calcanhar de Aquiles a precisar de pedra pomes, pé com joanete.
Pé no plural... seis pés... pés de mãe e pés de filhos... pés grandes, pés médios e pés pequeninos... pés molhados pela água do mar, salpicados de areia e com cheirinho a maresia.
Pé, pézinho e xispe!




quinta-feira, 18 de julho de 2013

Vamos lá a tirar medidas!

Há quem defenda que todos os bebés são bonitos. Há ainda quem estenda esta teoria também às criancinhas que já não estão propriamente em idade bebé. Bom, para mim sempre prevaleceu a ideia de que para os pais os seus filhos são sempre bonitos. 
Para mim, claro, os meus filhos são lindos, são engraçados, são inteligentes e têm jeitinho para muitas coisas (mais que não seja para fazer asneiras e me dar conta da cabeça) ;) Sou mãe e, por isso, dizem esses mesmos teóricos, falo com voz de mãe.
Mas, belezas à parte, penso que também entre bebés/crianças acontece o mesmo que entre os adultos. Quando se tira o melhor partido do poder da imagem podem conseguir-se verdadeiros milagres. E vestir bem, não quero dizer vestir caro e ostentar grandes marcas mas antes saber escolher peças intemporais. Com folhos, golas, rendas e bordados à inglês, laços, lacinhos e laçarotes, em tons clássicos que jamais saem de moda e em formatos princepescos que vestem sempre bem princípes e princesas da nossa terra. 
E hoje a oferta é enorme e felizmente não se limita a shoppings, pelo contrário. Sou da opinião (e a prova está aí aos olhos de quem quer ver) que hoje comprar em shopping é apostar na massificação. 
Face a isto tenho a anunciar: minhas senhoras e meu senhores o que está a dar é voltar a fazer como no tempo das nossas avós, fazer por medida ou comprar em locais em que essa possibilidade existe; é ir à costureira ou atelier (que hoje com a evolução dos tempos também podemos chamar de showroom) e conhecer pequenas coleções que apostam na diferenciação e personalização.
E as opções são tantas, e tão válidas, e tão em conta! Felizmente tenho conhecido marcas que me orgulham como mãe (prometo falar-vos de todas elas em pormenor) de todo o país, sendo que muitos desses projetos se encontram no Norte de Portugal.
Hoje partilho convosco uma das que mais recentemente conheci. No passado domingo, e no Mercado dos Santos, evento de cariz solidário que decorreu na cidade do Porto mais concretamente da Casa dos Vizinhos, tive oportunidade de conhecer uma adorável... e do Norte, mais concretamente da cidade que viu nascer Portugal - Guimarães (existe um carinho muito especial cá em casa pela Cidade Berço pois o J. pai viveu por lá os tempos de faculdade) - Bastidor Colorido.
Saber que nesta cidade nasceu muito recentemente um projeto que é já muito bem sucedido é para nós uma alegria enorme, mais ainda agora que somos pais de uma princesa e um princípe.
Adorei conhecer as sugestões de coleção, adorei as cores, os tecidos, os folhos e laços, adorei... adorei... adorei... e a minha companheira de Mercado - a M. - adorou ainda mais! Estava deliciada com tanto laçarote e folho! Vaidosa como ela é confesso que fiquei admirada não ter escolhido logo dois ou três modelitos. Por aqui se vê como está a ficar crescida, ela sabe que nem sempre podemos ter tudo o que vemos e gostaríamos de ter... por isso olhou, sei que engoliu em seco e só dizia: "Mamã adorei este... e este... e este..."
Parabéns à simpática L. que no mercado deu a cara pelo projeto e que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente. Tenho a certeza que este bastidor tão colorido e fashion vai deliciar as mamãs do Norte e vestir os nossos babies com muito glamour e estilo.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cumplicidade umbilical "forever"!

10... 20... 30... 33... foi a conta que Deus fez!
Voltemos 33 anos atrás. Eu já era nascida nessa altura. De tenra idade é certo mas quando tu vieste ao mundo eu por cá já andava. Percorria-o insegura, ainda com pés de bebé, muitas vezes do alto do colo dos nossos pais e descobrindo o mundo à minha maneira olhando-o com o encantamento próprio do que é novo, grande e curioso.
Não me recordo de nada desse dia. Eu tinha apenas dois anos e meio quando no hospital visitei uma bebé branca como a neve, de cabelos fartos e muito escuros, gorducha e linda (todos o diziam), com uma chucha que eu já não tinha.
Para o pai foi mais uma menina que deu lugar ao tão desejado rapaz mas também, claro, mais um mulher que ampliaria o seu conceito de amor e dedicação, para sempre.
Para a mãe... mais uma filha! E palavras para quê se amor de mãe é inexplicável a partir do primeiro dia e tem tudo menos género?! Aliás, irás sabê-lo muito em breve!
Soube desse dia em diante que jamais seria sozinha. As minhas brincadeiras passariam a ser partilhadas, mas também os meus pais. Ao que parece custou-me muito esta segunda parte, mas prova do quanto valoriza a oportunidade que os pais me deram em sentir o amor de irmão é que também eu quis que os meus filhos o conhecessem e sentissem.
Os anos foram passando e as duas crescendo juntas, tantas vezes tão tão juntas e tantas outras tão tão tão separadas... puberdades, faculdades e responsabilidades... sentimental ou geograficamente... a vida foi-nos juntando muitas vezes e muito e outras tantas vezes afastando-nos demasiado.
Hoje, completas 33 anos e no teu ventre tens apenas uma pequena amostra de um amor ainda maior do que este nosso que toda a vida preservamos. 
Daqui a um ano, e tu já com 34, minha querida e amada irmã, saberás aquilo que mais uma vez soube antes de ti... saberás que amor de mãe não é igual a nenhum outro; que amor de mãe cresce com os dias, as semanas, os meses, os anos; que pelos filhos fazemos muitas coisas boas e algumas coisas menos boas; que usamos tantas vezes de assertividade e tantas outras de infantilidade; que até paciência de mãe tem limites, e que o amor dá para todos pois o coração de mãe é tão grande tão grande tão grande que tem espaço para muitos amores. Adoro-te.
Feliz Aniversário F.




p.s. ansiosa por ser a tia mais babada do mundo!

terça-feira, 16 de julho de 2013

M de morangos

No meu jardim nascem morangos... vermelhos, pequenos, biológicos.
Nesse jardim ciranda um janota, qual joaninha voa voa, que um a um os colhe, recolhe, lava e engole. Um após o outro, apressada e ansiosamente, à espera de colher o próximo.
No meu jardim nascem morangos... doces, suculentos, que pingam gotas de sangue no babete, lambuzam bocas gulosas e tingem dedos gorduchos de uma inocência culpada.
No meu jardim nascem morangos... plantados a quatro mãos (mãos de pai e pequenas mãos de filha), regados com amor e vigiados com cautela.
No meu jardim nascem morangos... pequenos gestos de amor encarnados que alimentam a boca a passarinhos e a nós enchem a barriga de gargalhadas.
No meu jardim nascem morangos que não são servidos em prato ou taça, que não se envolvem em açúcar ou chantilly mas que se comem e sabem a pouco!



Os manos num pendant lindo da Kiddos... das peças de verão
que mais gosto de vestir-lhes. Ficam lindos, lindos!  

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Escutar não é ouvir!

Mãe e M. quase quase a chegar a casa... 
M. abre a janela do carro...
"Mamã ouve os sons da natureza... Escuta!"
Faz-se silêncio... abrando o carro e vejo-a de pernas à chinês (na cadeira auto) e dedo polegar unido ao indicador. Olhos fechados e uma expressão compenetrada. Fico estupefacta a aguardar o que dali ainda vem.
Depois de alguns segundos em compasso de espera, da minha boca tenta sucumbir um som, prontamente interrompido.
"Escuta mãe!!! Quando se ouvem os sons da natureza não se fala! Fica-se atenta..."
Penso que nessa altura apenas um som da natureza disfarçado ousou dar um ar da sua graça e espreitar por entre os meus lábios. 
E esta hein?!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Mãe!!! O que são estas coisinhas a boiar no meu prato!?

Está visto... os miúdos, ainda mais que os adultos, comem muito com os olhos!
A M. em particular come com os olhos e com o nariz, herdou-o do pai que cheira tudo o que come! Às vezes até mete impressão! Mas se esta pequena mania justifica o facto de adorar cozinhar e ter jeitinho para a coisa, então está perdoado! 
Ontem, a M. pediu-me esparguete com carne cortadinha, salsicha (de perú sempre que possível) e ervilhas. Evito que comam salsichas (até o J. já gosta porque a irmã parte e reparte!) mas de vez em quando (ou de quando em vez) também lhes permito estes pequenos mimos (literalmente falando porque geralmente preferem as mini).
Como é óbvio fiz o esparguete com carne de perú aos quadradinhos (eram mais retângulos mas tudo bem!), salsichas de perú mini, ervilhas, pouco sal e especiarias que uso sempre que possível para temperar (neste caso optei por louro e manjericão). Ora aqui é que está o cerne da questão! A folha de louro foi retirada antes de servir mas o manjericão (seco e picado finamente) ficou a boiar no molho generoso do esparguete.
Acreditem fazer o jantar lá em casa não é um processo fácil por isso a ajuda do J. pai é sempre preciosa e muito muito valorizada. Mas, como ontem o J. pai chegou mais tarde do trabalho, teve que ser a mãe (que não é propriamente muito dotada para a arte culinária, ao contrário do que apregoa a M.) a vestir avental e pôr mãos à obra. A M. é fácil de entreter - ou vê televisão ou faz um desenho ou então decidi copiar a mãe e vai fazer o jantar para a filha - contudo, o J. é difícil de convencer a não largar-me o colo ou as pernas.
Cada segundo no chão é uma choradeira insuportável... pego ao colo... dedo na boca e cabeça no ombro da mãe. Com ele ao colo tento adiantar o possível mas detesto tê-lo ao colo quando estou ao fogão e por isso pouso-o... choro... choro... choro... birra... birra... birra...
Estava tudo a correr tão bem...
de pauzinhos e tudo! Não havia necessidade M.!
Entretanto a M. percebe a demora do jantar e com impaciência vai perguntando: "Mamã, estou com fome! Ainda falta muito!" e o J. chora... chora... chora...
Esparquete quase al dente
"Mamã que cheirinho... Hum! Ainda falta muito... quero comer a massinha!"
E aqui a mãe, em nada chefe gourmet, tenta ser ultrasónica...
Põe a mesa, senta o J. na cadeira e chama a M. para jantar... Ufa! 
Sirvo o jantar satisfeita. Sei que a M. vai deliciar-se e o J. também porque adora massinha! O sorriso de ambos a olhar os pratos faz valer tudo... a correria, a choradeira, a birra!
"Está uma delícia mamã! Adoro a tua esparguete... mais que a do papá", dever cumprido... oba!
Mas o elogio veio cedo demais! Uma... duas...  três... quatro... cinc... e "Mamã!!! O que são estas coisinhas a boiar no meu prato?!"

quarta-feira, 10 de julho de 2013

É pró menino e pra menina!

Desde que o J. nasceu, e porque a oferta de coisas fofas para meninos é muito menor que para meninas, que conheci (graças a Deus) marcas de roupa para bebé e criança com irresistíveis! Coisas fofíssimas pensadas por pessoas de bom gosto e super simpáticas e a preços nada proibitivos. Mais uma vez mulheres empreendedoras, com filhos, que decidiram apostar nesta área tão criativa... para bem de todas nós mães!
Inicialmente pensei que este tipo de projetos se concentrasse mais em Lisboa, mas rapidamente percebi que as mães do Porto (o que não me admira) estão atentas e prontas a agarrar oportunidades de empreendedorismo com unhas e dentes!
Uma dessas marcas que adoro é a Maria Bebé, aliás das primeiras que tive oportunidade de conhecer mais de perto talvez pela minha forte ligação à cidade de Matosinhos.
Aqui tudo é amoroso! O nome da marca, o logo, as peças e em especial a Maria de Fátima que nos recebe sempre com um sorriso amigo, humilde e sincero. Adoro pessoas assim! E por tudo isto sou uma visita assídua da lojinha na Rua Mouzinho de Albuquerque. Perco-me sempre é nas horas! A conversa é sempre tão boa e as novidades tão inspiradoras que cada tecido é uma inspiração à qual me esforço por resistir! Então pendant para manos são imensas as opções, torna-se é dificil escolher apenas um!
Aqui encontramos peças já prontas a comprar dos 0 aos 80 (tou a exagerar!!!) e tecidos giríssimos que se podem transformar em peças únicas executadas à medida da criatividade de cada mãe. 
Já viram as três opções giríssimas acabadinhas de chegar?
Qual delas a mais bonita?! Um estilo vintage que muito me agrada!
A Maria é sempre uma ajuda preciosa porque orienta e aconselha mas fá-lo com muito tato não impondo a sua opinião e os seus gostos pessoais, pelo contrário, já percebi que adora desafios e por isso delira quando as mães voam alto e a desafiam a executar projetos diferentes! 
Por isso, a Mãedas5às8 desafiou-a a levantar a ponta do véu e deixar-nos espreitar algumas sugestões da próxima coleção outono/inverno que já está em preparativos. Adorei! E vocês mães?! Quantos likes merecem estas coisas fofas?

E as opções para meninos?! Deliciosas! 

Um sneak a peak das proposta Maria Bebé para as meninas estarem muito fashions no próximo Outono.
Já imagino peças com motivos florais apenas
ou em conjugação com outros tecidos.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Ideias com pernas no feminino

Confesso o meu deslumbramento em verificar que, apesar da crise que entope notícias, há cada vez mais mulheres empreendedoras. 
Tenho aprendido com elas que afinal os sonhos são passíveis de ser sonhados e que, mesmo com crise, é possível fazer magia e tirar da cartola mais que coelhinhos fofos. 
Bem perto tenho uma dessas lutadoras com ideias com pernas. A Romana. Um presente do destino e que esteve comigo num dos momentos mais importantes da minha vida - no nascimento da M. 
A Romana é a "madrinha de nascimento" da M. e minha amiga de sempre. Na altura fazia assessoria no HSJ e acompanhou cada minuto desde a minha entrada no bloco de partos do hospital. 
Trabalhámos juntas durante alguns anos na faculdade e sempre achei que fazíamos uma bela equipa. Contudo, o caminho da vida tem sempre tantas portas que se abrem e outras tantas que se fecham, que nos obriga a tomar um rumo diferente (também geograficamente) mesmo das pessoas que temos no coração.
Hoje, vejo a menina introvertida, simpática, low-profile, com sede de aprender, e que recebi como colega, como uma mulher bem resolvida com a vida, profissional dedicada e empenhada e com todas as portas, janelas, portinholas e postigos abertos num só sentido - o sucesso! Uma mulher WOW, literalmente falando!
Juntamente com outra amiga - a Marina - estão a abrir caminho a um mundo virado para o feminino e pintado (e bem pintado) a cor-de-rosa. Jovens, giras, empreendedoras, criativas e com um projeto em mãos inovador e que é a cara delas!
Word of Women tem revelado facetas várias, de mulheres fantásticas e com o mundo para nos oferecer! Mulheres que vestem tantos rostos, pisam tantos mundos, vêm o mundo de tantas formas e o pintam de tantas cores... mulheres de sorrisos abertos, cujas ideias florescem como se a Primavera fosse a única estação do ano que conhecem... mulheres guerreiras, criativas, simpáticas, elegantes e que abraçam projetos inovadores com pernas para andar, correr, saltar, etc. "São mulheres que se caracterizam pela força e pela coragem de fazer mais e melhor, num mundo em mudança. São mulheres que inspiram", reveladas na 3ª pessoa e de forma deliciosamente WOW.
Parabéns meninas e muito sucesso!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Fim-de-semana splash!

O nosso fim-de-semana foi entre amigos. E que bem passamos! 
Sol, calor (até demais!) e uma piscina fantástica. Comida boa, bebida fresquinha e conversa animada (de quando em vez até polémica lol). 
Os miúdos brincaram, os adolescentes musicaram, e os adultos descansaram!
Foi mesmo muito bom! Não fosse o calor quase, quase insuportável e teríamos o cenário perfeito!
Os homens (uns queridos) foram os cozinheiros de serviço... assadores ou chefes-gourmet deliciaram as suas princesas.
A conversa deu para tudo... política, religião, relações (ou relações) mais ou menos sérias mais ou menos abençoadas, moda mais in ou mais out... enfim, afinal, homens ou mulheres, todos temos uma palavra a dizer sobre quase tudo.
As meninas tiveram direito a festa-pijama com pipocas e melancia e os crescidos a noite de Pictionary Picante... Foi de rir à gargalhada! Uma tanga que mais parecia um cinto de castidade; uma "Gaiola das Malucas", um clássico claro... quem não sabe?! Umas tetas que alguém identificou logo como vaca e uma vaca que na realidade era um cão! Enfim... fomos tentando dar o nosso melhor provando-se no final, mais uma vez, que rematar à baliza e bater na trave várias vezes não é marcar golo e que a equipa adversária pode ir à baliza uma vez apenas, fazer entrar a bola e ganhar o jogo! É a vidinha!





sexta-feira, 5 de julho de 2013

39 graus à sombra!

Pobre do meu passarinho com febre desde ontem! Dói-me a alma vê-lo assim! Exausto, sem apetite, choroso, de olhinhos perdidos e faces rosadas.
Noite mal dormida, manhã mal dormida, tarde mal dormida... um choro mimalho, e um dedo polegar, que serve de chucha, na boca.
Uma cabecinha com cabelos de anjo que poisa no meu ombro e chora. Um choro indeciso, ora estridente ora silencioso. 
Pelo seu rosto escarlate viajam lágrimas sentidas que caem sobre o meu peito enquanto à boca lhe dou mais que alimento - conforto, segurança e auto-estima.
Um corpo cansado, quente, transpirado que cola ao meu e não sossega antes deambula. Uma barriga amolecida que se contorce por baixo da minha mão, num movimento horário que vai além das 5 às 8.
Colo de pai, colo de mãe... e mais nenhum outro colo, por favor! 
Dorme passarinho! Repousa no aconchego do teu ninho que amanhã é um novo dia! 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Bailarina de corpo e alma

Pequeno pé de ervilha cor-de-rosa pisa o chão com a ponta. E rodopia, e saltita, e balança...
Com a palma da mão esticada, uns dedos franzinos tocam as nuvens lá no céu.... fofas, que fazem cócegas e, de um sorriso envergonhado, ecoa fugitiva uma gargalhada de menina.
A postura é ereta, a cintura encolhida e todo o seu franzino corpo é movimento, é instrumento que se molda e ressoa. Padeburrè, padedè, dois pliè.
Nasceu para ser bailarina e é só calçar a sapatilha que  o seu coraçãozinho bate... bate... bate...
Ontem treinou sozinha, eu era o seu espelho. Assisti à dedicação em cada passo, à beleza de cada movimento e à busca da perfeição na postura. Certo é que os meus olhos são olhos de mãe, longe de serem olhos avaliadores que apurem finamente cada pequeno gesto e lhes atribuam um número, mas são olhos exigentes que orgulhosamente se encheram de lágrimas ao ouvir "A M. é fantástica! Super expressiva e muito dedicada!". 
A minha pequena M. percebeu a mensagem do seu espelho mágico... para além da beleza, é essencial a qualquer bailarina um outro elemento muito importante: D-E-D-I-C-A-Ç-Ã-O.
Parabéns minha artistinha! Mais uma etapa alcançada!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Venha uma violinista para a fila J

Ontem foi dia de magia com direito a Harry Potter e tudo. 
E a magia saiu também dos dedos pequeninos de uma mágica aprendiz, a minha M.
Sem varinha de condão mas muito treino assistimos à magia de uns pequenos dedos mágicos capazes de deslumbrar numa melodia engenhosa. 
Num movimento de levanta e poisa ágil e mecânico, olhos de lince que alternam entre a professora e uns dedos pequeninos que teimam em não calcar as fitas, cabelos apanhados que põem a descoberto um rosto contraído mas tão inocente, postura retílinea, a minha pequena violinista brilhou numa mistura perfeita de responsabilidade e meninice.
É chegada a hora da entrada triunfal. Cabeça erguida, sorriso rasgado, pernas que tremelicam disfarçadamente, olhar atento que procura uma casinha onde morar. 
Lugar certeiro. Postura de gente crescida. Violino debaixo do braço e arco que alinhadamente aponta o chão. 
Clic, clac. Violino no ombro, queixo que forçado descansa na queixeira, arco que se ergue num movimento ultrasónico. Teclas batidas que dão sinal de partida. Arcos que se movem num movimento frágil e sonoro em uníssono. Ele assobia, ele canta, ele chora, ele ri à gargalhada, ele dança... instrumento belo de som multifacetado que se revela e transforma como nenhum outro. 
E a minha pequena violinista parece gente crescida. Fecho os olhos e aprecio o som que ecoa de um palco grande que aos mais crescidos faz tremer, repleto de violinos grandes, médios e tão pequeninos, numa sala bela e imponente, cheia de olhares curiosos que fazem figas com os dedos. 
Ufa pequenina! Já passou! E foste brilhante. Foste profissional e foste menina. Que deliciosa mistura!