quinta-feira, 11 de julho de 2013

Mãe!!! O que são estas coisinhas a boiar no meu prato!?

Está visto... os miúdos, ainda mais que os adultos, comem muito com os olhos!
A M. em particular come com os olhos e com o nariz, herdou-o do pai que cheira tudo o que come! Às vezes até mete impressão! Mas se esta pequena mania justifica o facto de adorar cozinhar e ter jeitinho para a coisa, então está perdoado! 
Ontem, a M. pediu-me esparguete com carne cortadinha, salsicha (de perú sempre que possível) e ervilhas. Evito que comam salsichas (até o J. já gosta porque a irmã parte e reparte!) mas de vez em quando (ou de quando em vez) também lhes permito estes pequenos mimos (literalmente falando porque geralmente preferem as mini).
Como é óbvio fiz o esparguete com carne de perú aos quadradinhos (eram mais retângulos mas tudo bem!), salsichas de perú mini, ervilhas, pouco sal e especiarias que uso sempre que possível para temperar (neste caso optei por louro e manjericão). Ora aqui é que está o cerne da questão! A folha de louro foi retirada antes de servir mas o manjericão (seco e picado finamente) ficou a boiar no molho generoso do esparguete.
Acreditem fazer o jantar lá em casa não é um processo fácil por isso a ajuda do J. pai é sempre preciosa e muito muito valorizada. Mas, como ontem o J. pai chegou mais tarde do trabalho, teve que ser a mãe (que não é propriamente muito dotada para a arte culinária, ao contrário do que apregoa a M.) a vestir avental e pôr mãos à obra. A M. é fácil de entreter - ou vê televisão ou faz um desenho ou então decidi copiar a mãe e vai fazer o jantar para a filha - contudo, o J. é difícil de convencer a não largar-me o colo ou as pernas.
Cada segundo no chão é uma choradeira insuportável... pego ao colo... dedo na boca e cabeça no ombro da mãe. Com ele ao colo tento adiantar o possível mas detesto tê-lo ao colo quando estou ao fogão e por isso pouso-o... choro... choro... choro... birra... birra... birra...
Estava tudo a correr tão bem...
de pauzinhos e tudo! Não havia necessidade M.!
Entretanto a M. percebe a demora do jantar e com impaciência vai perguntando: "Mamã, estou com fome! Ainda falta muito!" e o J. chora... chora... chora...
Esparquete quase al dente
"Mamã que cheirinho... Hum! Ainda falta muito... quero comer a massinha!"
E aqui a mãe, em nada chefe gourmet, tenta ser ultrasónica...
Põe a mesa, senta o J. na cadeira e chama a M. para jantar... Ufa! 
Sirvo o jantar satisfeita. Sei que a M. vai deliciar-se e o J. também porque adora massinha! O sorriso de ambos a olhar os pratos faz valer tudo... a correria, a choradeira, a birra!
"Está uma delícia mamã! Adoro a tua esparguete... mais que a do papá", dever cumprido... oba!
Mas o elogio veio cedo demais! Uma... duas...  três... quatro... cinc... e "Mamã!!! O que são estas coisinhas a boiar no meu prato?!"

2 comentários:

  1. sei bem o que é fazer o jantar com alguém nas nossas pernas ou no colo... mas eu só tenho uma, 2 nem quero imaginar!! o que me vale é o meu J. pai q tb gosta de cozinhar, senão estava tramada! aposto que a tua massa estava deliciosa :)

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    1. Obrigada Andreia. Estava realmente boa, acho que ela é que estava com pouco apetite! ;)

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