E a magia saiu também dos dedos pequeninos de uma mágica aprendiz, a minha M.
Sem varinha de condão mas muito treino assistimos à magia de uns pequenos dedos mágicos capazes de deslumbrar numa melodia engenhosa.
Num movimento de levanta e poisa ágil e mecânico, olhos de lince que alternam entre a professora e uns dedos pequeninos que teimam em não calcar as fitas, cabelos apanhados que põem a descoberto um rosto contraído mas tão inocente, postura retílinea, a minha pequena violinista brilhou numa mistura perfeita de responsabilidade e meninice.
Num movimento de levanta e poisa ágil e mecânico, olhos de lince que alternam entre a professora e uns dedos pequeninos que teimam em não calcar as fitas, cabelos apanhados que põem a descoberto um rosto contraído mas tão inocente, postura retílinea, a minha pequena violinista brilhou numa mistura perfeita de responsabilidade e meninice.
É chegada a hora da entrada triunfal. Cabeça erguida, sorriso rasgado, pernas que tremelicam disfarçadamente, olhar atento que procura uma casinha onde morar.
Lugar certeiro. Postura de gente crescida. Violino debaixo do braço e arco que alinhadamente aponta o chão.
Clic, clac. Violino no ombro, queixo que forçado descansa na queixeira, arco que se ergue num movimento ultrasónico. Teclas batidas que dão sinal de partida. Arcos que se movem num movimento frágil e sonoro em uníssono. Ele assobia, ele canta, ele chora, ele ri à gargalhada, ele dança... instrumento belo de som multifacetado que se revela e transforma como nenhum outro.
E a minha pequena violinista parece gente crescida. Fecho os olhos e aprecio o som que ecoa de um palco grande que aos mais crescidos faz tremer, repleto de violinos grandes, médios e tão pequeninos, numa sala bela e imponente, cheia de olhares curiosos que fazem figas com os dedos.
Ufa pequenina! Já passou! E foste brilhante. Foste profissional e foste menina. Que deliciosa mistura!
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