sábado, 26 de dezembro de 2015

Bola de água e sabão

Sou bola de sabão, transparente, em quem reflete as cores do arco-íris, as cores dos que passam, dos que riem, dos que sonham, dos que acreditam...
Sou bola de sabão, sem vontade própria, que gira ao sabor do vento, da vontade dos outros, ora redonda e melodiosa, ora concova e obtusa.
Sou bola de sabão, que vaidosamente rodopia quando os teus olhos pequeninos me observam com admiração e ternura, a mesma magia com que outrora outros me olharam e onde hoje nada vislumbro, para além do vazio.
Sou bola de sabão, que gota a gota se desfaz, lágrimas que avizinham um fim melancólico, triste, penoso. 
Sou bola de sabão prestes a rebentar, num gesto libertador, que será apenas o princípio do fim!!!

domingo, 6 de dezembro de 2015

Vamos lá a pôr a escrita em dia...

Há quase três meses que não escrevo.
Todo o silêncio mudo tem uma explicação e está longe de me agradar este silêncio calado... dura há demasiado tempo!
Os dias foram passando, o tempo correndo, e torna-se cada vez mais difícil despertar deste adormecimento trôpego que não me interessa, que não interessa a ninguém.
Já vários me perguntaram quando voltaria a escrever. Calculo que alguns tenham apenas a curiosidade de entender o porquê de quase três meses de afastamento. De facto, não há uma razão que o explique, nem palavras faladas nem tão pouco palavras escritas. Só sei que os dias passaram e deixei de priorizar. Se senti falta?! Sim! Muitas vezes! Escrever sobre futilidades faz-me bem. Escrever sobre a futilidade que é a minha vida faz-me sentir viva, faz-me dar valor ao que tenho e construí, faz-me reviver memórias.
Não sei se hoje quebro o silêncio, nem tão pouco se irei compensar o tempo que perdi (em quase três meses tanto se passou e tão pouco, afinal, mudou!) mas foi dado um primeiro passo, agora há que pôr a escrita em dia!