5 da manhã.
Quem me dera parar o barulho irritante das rodinhas desse troley que dentro transporta saudade.
Pudera eu impedir o bater da porta desta casa onde a palavra família só faz sentido contigo.
Limito-me ao silêncio. Calo a voz e engulo o choro. Ela bate mais uma vez!
Do lado de lá a vontade de ficar mais um pouco. Do lado de cá três boas razões para que não mais vás.
Eles dormem. Um sono inocente longe de imaginar que mais uma vez tudo se repete e o acordar de hoje será bem diferente do de ontem.
Eu, que já deixei os anos inocentes para trás, não consigo deixar vencer o cansaço e dormir. Ouvi-a bater e sei bem o que isso significa. Deixar de viver e passar ao modo sobrevivência, novamente.
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