domingo, 26 de abril de 2015

A minha Maria que no altar brilhou

Estiveste feliz, e ver-te feliz para mim é fundamentalmente importante.
Quero lá saber se o dia estava frio, se antes uns minutos de saires de casa chovia a cântaros e branco e dias de chuva não combinam (muito menos sabrinas brancas e poças de chuva).
Há quem defenda que os desejos de um criança de bom coração são ordens e têm prioridade máxima lá em cima. Racionalmente, olhando telejornais e páginas de FB, não sei se acredito, mas hoje, neste dia especial, em que as crenças e o meu lado espiritual devem falam mais alto, fica-me bem achar que sim. E verdade ou coincidência, às 15 o sol sentiu o teu pé a espreitar fora da porta e decidiu soprar as nuvens e varrer a chuva. A tarde acabou por manter-se com uma temperatura agradável e o teu vestido branco (que tanto desejaste - simples, cavado e com um grande laçarote) brilhou contigo.
Não falaste de outra coisa a semana toda. Salientaste a responsabilidade acrescida que tinhas - fazer a primeira leitura da Eucaristia - e lembraste que te tinham escolhido por seres a menina do segundo ano que melhor lê... mas sei que na verdade gostas é de fazer bem e bonito, principalmente quando todos os olhares estão sob ti. 
E, na verdade, fizeste bem, fizeste bonito, fizeste-o com responsabilidade, com entusiasmo, com inocência. Neste dia de festa tão especial, em que recebeste a oração que mais gosto de rezar e que recuso rezar à pressa, sem sentir cada palavra, estiveste ainda mais linda. 
Sou uma mãe babada! Resta-me dormir e rezar um Pai Nosso por ti, para que a vida te sorria sempre como tu sorris para ela.

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