terça-feira, 26 de agosto de 2014

O Manel que podia bem ser o meu J.

O J. adora comboios... onde é que eu já ouvi isto?!
Por isso, com os 10 euros que o avó N. deu para que o menino nas férias comesse gelados ou comprasse um brinquedo de praia decidi que seriam mais bem empregues num livro. E, no fim-de-semana, lá fomos nós passear à Bertrand, sim porque cá em casa, desde o maior ao mais pequeno, comprar livros é sempre motivo de festa e de grande alegria. São tantos os livros nas prateleiras, mas nem assim o que se compra é considerado apenas mais um. Pelo contrário, é acarinhado, lido e relido, ocupa lugar de destaque durante semanas ou meses, até que venha o próximo. Depois há os clássicos claro, que têm sempre um cantinho especial na prateleira do quarto e de lá não saem, de lá ninguém os tira! 
Então, sábado lá foi o J. escolher o seu livro. Confesso que a compra não foi solitária, aliás sou da opinião de que deve ser acompanhada (há muita porcaria por aí) mais neste caso em particular pois o J. é ainda muito pequeno para conseguir permanecer atento apenas a uma prateleira (tudo o que vê o entusiasma) e fazer uma escolha acertada sem deixar-se entusiasmar por capas coloridas e com bonecada! Pelo menos julgava eu! Felizmente os meus pequenos monstrinhos adoram livros... felizmente a oferta de qualidade em livros infantis é cada vez maior... ainda assim a mãe procurou orientar sem, no entanto, forçar a compra deste ou daquele. E a escolha do J. não podia encher-me mais as medidas! Primeiro porque admiro a autora do livro pela sua humildade e simplicidade, porque já muito tinha ouvido falar do Manel no blog da Tânia e achei-o a cara do meu J., e ainda porque na simplicidade das palavras e das imagens estão afetos.
Já lemos e relemos a história do Manel, o menino que gostava de comboios vezes sem conta. Uma história que podia bem ser a história do meu J., aliás, o próprio muito satisfeito repetiu a história colocando-se como protagonista. De comboio na mão, um brinquedo que muitas vezes o acompanha e tão parecido ao comboio do Manel, o meu J. pequenino foi o Manel por um dia e de hoje em diante todas as vezes que ele quiser - o Manel acarinhado pela mana, o Manel que dá a mão à avó, o Manel de cabelos cor d'oiro e olhar curioso e meigo, o Manel que um dia conheceu por dentro um comboio da estação de Santa Apolónia. O Manel da Tânia Ribas mas também os nossos Afonsos, Joões, Rafaeis, Pedros,  what ever... os nossos meninos "pouca terra, pouca terra".

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