segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Mãe galinha ao quadrado

Acabadinha de chegar. Tempo apenas para tirar os sapatos depois de um dia em que tudo aconteceu.
Muito trabalho, correria nos corredores numa contagem crescente e decrescente, corrida contra o tempo numa tentativa quase furada de cumprir uma promessa, compromissos adiados para depois de amanhã, um telefonema que me custou a alma, uns olhos tristes e um sorriso enganador, uma filha tão   adoravelmente crescida que amo mais e mais a cada dia, uns olhos chorosos que imploram colo de mãe e uma testa escaldante num corpo tão pequenino e frágil que me obrigo a largar num colo quente e meigo de avô.
Chamem-me mãe galinha, patética, provinciana... mas passar 24 horas do meu dia a quilômetros de distância dos meus duendes, numa ida rápida de avião à  capital, e deixar para trás o duendezinho pequenino doente - com febre, ranho, choro, dores de barriga e a pedir miminho da mãe - custou e muito. 

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