Acabadinha de chegar. Tempo apenas para tirar os sapatos depois de um dia em que tudo aconteceu.
Muito trabalho, correria nos corredores numa contagem crescente e decrescente, corrida contra o tempo numa tentativa quase furada de cumprir uma promessa, compromissos adiados para depois de amanhã, um telefonema que me custou a alma, uns olhos tristes e um sorriso enganador, uma filha tão adoravelmente crescida que amo mais e mais a cada dia, uns olhos chorosos que imploram colo de mãe e uma testa escaldante num corpo tão pequenino e frágil que me obrigo a largar num colo quente e meigo de avô.
Chamem-me mãe galinha, patética, provinciana... mas passar 24 horas do meu dia a quilômetros de distância dos meus duendes, numa ida rápida de avião à capital, e deixar para trás o duendezinho pequenino doente - com febre, ranho, choro, dores de barriga e a pedir miminho da mãe - custou e muito.
Sem comentários:
Enviar um comentário