sexta-feira, 5 de setembro de 2014

De asas cor de rosa...

Desde anteontem que o mundo ficou menos cor de rosa. Não tenho qualquer dúvida disso. Sempre que uma princesa parte, leva consigo parte do encanto deste mundo. Acreditar que outro lugar ficou mais "pink" não é difícil, difícil é aceitar que a lei das coisas seja esta - cruel, que faz doer tão profundamente.
Sei que muitas "nonós", e muitos "afonsos", e muitas princesas e príncipes partem diariamente deste mundo... muitos mais são, até, aqueles que nunca viveram uma vida de conto de fada e cuja vida alguma vez teve cor ou brilho, mas, não sei se pelo nome, não sei se pela força que esta pequena traquina tinha, com ela foi-se um pouco da minha esperança.
Dirijo muitas vezes a minha voz a Deus, através das minhas orações... Falo com ele! Uma conversa unilateral claro, mas sei que ele me escuta e isso para mim basta. Sou crente! Sim, acredito em algo maior e mais forte que tudo isto à nossa volta, faço votos para que um dia, os meus filhos também respeitem essa força maior que tantas vezes nas noites nos alenta. 
Contudo, desde anteontem que estou especialmente triste com Deus. Essa tristeza está instalada no meu coração de mãe, que sofre quando lá por casa um simples corte no dedo acontece, daqueles por onde nem tripa fina nem tripa grossa cabe. Nenhuma mãe concebe dor maior que a dor de perder um filho!
Os meus filhos não são mais que os filhos de outras mães, são filhos, e isso explica tudo!
Princesas vestidas de longos vestidos cor de rosa, guerreiros de espada e escudo na mão, fazem muita falta por cá. Nenhum mundo sobrevive durante muito tempo sem a magia, sem a inocência que também nos caracterizou enquanto crianças, sem o brilho no olhar que lhes é característico e que tudo revela - a esperança, o amor, a alegria...
Estamos em modo de sobrevivência há tempo demais.

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