sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Era uma vez... nós!

Era uma vez, uma história impossível de contar e mais difícil ainda de escrever. Sentimentos profundos nem sempre são detalhados em palavras, nem ficam bem em qualquer boca.
Essa história - a nossa - tem qualquer coisa de conto-de-fadas, contudo, eu e tu, estamos longe de ser comparados a qualquer figura do imaginário desses livros cor-de-rosa. A nossa história não fala de princípes ou princesas, dragões ou gnomos, cavalos alados ou musas encantadas, a nossa história - eterno namorado meu -, fala de uma menina sonhadora, hoje mulher e ainda sonhadora, e de um rapaz, hoje homem (quase quarentão), digno de um cavalo branco e uma espada mágica; não se esgota num período de tempo porque tempo foi o que menos interessou para nós (corremos sempre à frente dele); não tem limites (foi sempre a imaginação o nosso limite) e sempre teve obstáculos (que com amor sempre conseguimos ultrapassar).
A nossa história não é feita em passo de marcha, é antes uma corrida de galgo daquelas que nos faz sentir vivos, que nos põe o coração na boca e o faz vibrar, que enerva as nossas artérias e veias e nos arrepia a espinha.
A nossa história não é melhor nem pior que outras histórias; não é exemplar nem tão pouco digna de um best-seller.
A nossa história fala apenas de amor... Sim! DE AMOR! Daqueles ainda um pouco à moda antiga, ultrapassados - que aos narizes mais modernos cheiram a mofo -, de beijos roubados e escondidos, de gestos de carinho suspensos, de olhares envergonhados, de amizade disfarçada, de cartas escritas em prosa ou em verso deixadas por esquecimento na caixa de correio, de ramos de flores sem remetente, de bailes de garagem improvisados... 
A nossa história fala de amor. De um amor não apenas nosso mas que tem raízes, que não vive apenas de nós e em nós mas que é partilhado e vivido por muitos. Um amor que tem voz, que fala de família, de laços fortes, de risos e abraços, de respeito e amizade; que sabe a pouco; que cheira a maresia, a pinho, a pipocas acabadas de fazer, a pão de ló com raspa de laranja a sair do forno, a compota de abóbora, a morangos colhidos frescos; que se sente no rosto como neve da Serra ou como sol do Algarve.
A nossa história, outrora contada a duas vozes e hoje contada a quatro, merece, afinal, ser contada, pelo menos uma vez no ano, porque falar de AMOR ainda é o que era e nunca passa de moda.
Era uma vez...
ps. para ti que ajudas a escrever a minha história de forma simplesmente bela!

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