terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Cada um é como cada qual!

Há quem diga que olhamos o mundo a cor-de-rosa. Eu diria que para nós ele tem as cores das pintarolas e dos chupa-chupas gigantes e coloridos que lambuzam a língua de uma criança gulosa.
Há quem diga que somos melosas como as gomas que se colam nos dentes e tomam a forma de lagartixas, ovos estrelados ou ursinhos. Eu diria que somos tão doces como uma qualquer guloseima mas feitas de uma doçura saudável que em vez de açúcar é salpicada de mimo e amor.
Há quem diga que somos pior que carrapato. Eu diria que somos mais uma mistura de canídeo com galináceo (dê esta mistura o animal mais estranho que possam imaginar) fiéis, cautelosas e protetoras.
Há quem diga que somos P's demais - perfeccionistas demais, proteccionistas demais, possessivas demais . Eu diria que a letra do abecedário que melhor nos define tem altos e baixos, fica bem de pernas para o ar, pode ser a primeira mas também não se importa de ser a última, gosta de magia e mistério.
Há quem diga que não falamos, berramos! Eu diria que temos o coração ao pé da boca e que o nosso é tão grande, tão grande, tão grande que salta atabalhoadamente cá para fora.
Há quem diga que das nossas bocas só saem nãos. Eu diria que todos os dias da nossa vida lhes dizemos sim no beijo, no abraço, no aconchego, desde o dia em que são concebidos.
Há quem diga que fazemos coisas a mais e que para nós o tempo não se esgota. Eu diria que acreditamos nos contos-de-fada onde quase tudo é possível, que gostamos de lutas difíceis (lutar contra o tempo é uma luta perdida) e que já aprendemos a nem sempre sairmos vencedoras.
Há quem diga que sentimos demais e pensamos de menos. Eu diria que todos os dias ao vê-los dormir tranquilamente, esticados, compridos, crescidos, a confusão entre o sentir e o pensar é tão grande que não somos capaz de falar apenas deixar que pelo nosso rosto caia uma espessa lágrima.
Há quem diga que choramos demais, que somos emotivas demais. A esses eu diria apenas, somos Mães!

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