Cerca de 10h40 da manhã. A mãe em reunião e por isso com o telemóvel off; o pai em Lisboa (coincidência, também numa reunião); e, pobre M. nervosíssima, ensanguentada e em prantos.
A reunião da mãe durou quase toda a manhã e graças a Deus (Deus é pai!) desmarquei-me de uma outra que começaria logo de seguida. Saio a correr para fazer o mesmo de todos os dias - ir buscar a M. ao colégio para almoço, mas lembro-me de ver o telemóvel. Duas chamadas não atendidas do colégio e uma mensagem telegráfica do pai J - "Vai ao hospital XPTO pois a M esmurrou o queixo, mas fica tranquila! Já te ligo, tou em reunião."
Claro que fiquei tranquilíssima! Na minha cabeça começo a fazer o filme todo! "A minha filha está com o queixo aberto (para mim era já uma certeza!), desde as 10h40 que o colégio me tenta contactar e nada, a minha filha está no hospital com uma amorosa auxiliar mas sem a mãe...".
Tranquila eu?! Como não?! Super hiper tranquila! Brrrr!!! "Bom (penso eu), há que ver do que o carro é capaz!". Eu não corro, voo! Chego ao hospital. Estaciono onde calha, quero lá saber de parque de estacionamento, quero a minha filhinha que imagino deva estar aos prantos a chamar pela mamã!
Na receção sou atendida por um senhor simpatiquíssimo que me informa que não posso ter ali o carro mas que olha bem para a minha cara e pensa "Mãe desesperada, que se lixe o carro!". Subo o elevador e qual não é o meu espanto! Vejo a M. tranquilíssima (super coradinha é certo!), de mão dada com a auxiliar (a Tété, um amor!) e uns olhos de carneirinho triste!
Morri ali! Porra de mãe, penso eu! Porra de reuniões! Porra de queixo!
O antes |
Aliás, a prova disso tive-a hoje! Fomos ao curativo. A M estava convencida que ainda não seria desta que ia tirar os seis lindos pontos que "colaram o seu queixo rachado" (como a própria gostou de o definir a quem contou teatralmente a sua história).
O depois |
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