quarta-feira, 26 de março de 2014

Menino do meu coração

O J. não é um menino qualquer... é um menino garoto, um princípe de cabelos cor de oiro e de olhos que irradiam amor, de dedo na boca e cabelos de mãe enrolados na mão.
O J. não é um filho qualquer... é um bebé desejado (com pilinha entre as pernas e tudo), que não nasce fruto do acaso, mas resultado de um amor amadurecido, e que por isso não podia dar fruto apenas uma vez.
O J. não é um amor qualquer... é um amor sofrido, que nasce entre lágrimas e saudade, de onde brota esperança e uma alegria com pernas de gigante.
O J. não é um irmão qualquer... é meigo, apaixonado, de mãos de pena e beijos de mel, que sabe partilhar, que admira e protege, por trás da sua pequenez, um corpo esguio de bailarina.
O J. não é um menino de dois anos qualquer e, por isso, não podia ter nascido num qualquer dia, de uma qualquer forma. A 26 de março de 2012, há dois anos uma terça-feira, o meu menino nasce, sem grandes dores para a mãe, da forma mais natural possível mesmo com um cateter para uma possível epidural não necessária, numa sala iluminada pelo sol das quatro da tarde, ao som de um êxito musical dos tops da rádio e que uniu uma fadista portuguesa a um giraço cantor espanhol. Assim se eternizou mais um momento mágico das nossas vidas. Não foi a música, não foi o sol, foi ele, o meu querido e pequeno príncipe que tornou este dia tão, mas tão especial. O seu perfume, o seu choro, a fragilidade do seu pequeno corpo, a genica dos seus braços, a fugacidade voraz do seu mamar... marcaram para sempre este dia na minha memória.
Para receber-lo o dia vestiu-se de luz, num formato não apenas primaveril mas de veraneio, que convidava a praia e gelado. Eu, que olhei para ele pela primeira vez de uma forma que jamais pensei puder repetir, vesti-me de amor, do mais sincero e puro e que, pela segunda vez, fui capaz de experimentar. Um amor sem tamanho onde cabe a sua pequenez; que admira uma beleza imperfeita - enrugada e salpicada de roxo; que põe o coração aos pulos e provoca uma chuva miudinha nos nossos olhos.
O J. não é mesmo, de todo, um menino qualquer... é o meu menino, o menino do meu coração, que me mima, me abraça, me consola, me desarma, me transforma. Só posso agradecer mais esta benção na minha vida!

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