O pai é o menos e a mãe é o mais... o pai é o menos intolerante, o menos birrento, o menos imponderado, o menos cansado... a mãe é o mais tudo - refilona, birrenta, cansada, ocupada, exagerada, intolerante com birras e má educação, rigorosa no cumprimento de regras, enfim "mãe é um terror"!
Confesso a minha tristeza perante estes episódios e assumo a "mia culpa" pois muitas vezes (mais do que aquelas que gostaria), e vencida pelo cansaço de uma semana de trabalho, não consigo evitá-los. Conforto a tristeza que vai pairando no meu coração culpando o Complexo de Édipo, complexo de FREUD inspirado na mitologia grega ao qual nenhuma criança escapa segundo o psicanalista Juan David Nasio, mas claro "presunção e água benta cada qual toma a que quer".
Sei que a minha filha me ama e que todos os episódios mais recentes de birras e respostas "crúeis" sempre tão prontas e na ponta da língua são fruto desse amor. Sei que ela sabe que a amo com todo o meu coração, mas confesso-me a sufocar pois sinto que a minha bebé, a minha princesa pequenina me escapa qual areia por entre os dedos e que quanto maior é o meu esforço em não deixar cair um simples grãozinho dessa areia mais ela me escapa.
Com complexo de Édipo ou apenas com o meu próprio complexo de culpa, o certo é que a M. começa a revelar uma proximidade crescente ao pai e uma contradição clara entre o amor e a hostilidade comigo, facto que penso ter-se acentuado porque agora deixou de ser o centro das atenções e essas têm que ser divididas com o novo elemento da família - o J.
São fases. A minha também descarrega mais em mim do que no pai, e claro os ciumes do mano vão-se notando. É complicado gerir e só podemos fazer o melhor que conseguirmos e nem sempre é fácil.
ResponderEliminarBeijinhos