segunda-feira, 2 de junho de 2014

Ser criança à moda antiga

Tapete para Procissão do mês de Maria
Não me lembro de no passado festejarmos o Dia Mundial da Criança. Acredito mesmo que num passado de há 30 anos esse dia não existisse, mesmo porque o espaço para se ser criança era gigante e o tempo controlava-se num relógio sem ponteiro de horas ou minutos.
Hoje, mais do que nunca, os nossos filhos precisam de tempo reservado em exclusivo para serem aquilo que melhor sabem fazer, pelo menos ainda - ser crianças. 
Não é que no passado não tivéssemos também obrigações e deveres (trabalhos de casa, fichas de avaliação, ballet ou piano, catequese, etc) mas, hoje os miúdos tem as agendas a abarrotar de atividades que, delicamente ou não, pontapeiam para lá da linha de jogo, obrigando-os a ser adultos a força.
Umas mãos mágicas que realmente
ajudaram a fazer milagres
Quero acreditar que os meus filhos em muita coisa são crianças à moda antiga. Brincam com terra, apanham morangos em cestinho de picnic, brincam na rua (sob vigia claro), dizem bom dia e boa tarde aos vizinhos que passam, adoram ajudar na cozinha e nas limpezas, tem noções de família vincadamente fortes, saltam a corda e fazem rodar o pião, tocam tambor e pandeireta, lançam o balão de S. João, montam a cascata e cantam ao desafio...
Claro está que não são crianças alheias aos tempos modernos em que vivemos. Como todos os outros tratam as novas tecnologias por tu, têm brinquedos mais sofisticados e em maior quantidade, vão ao teatro, à música, tocam violino e dançam ballet, mas, e acima de tudo, são crianças, com birras e manhas, que não se satisfazem com uma resposta qualquer, que exigem tempo e atenção, que precisam de muito amor e muito mimo, mais que uma vez por ano!

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