terça-feira, 24 de setembro de 2013

O meu inimigo público nº 1!

Se pudesse fugia de ti... corria... corria... corria... tal qual cavalo a galope e nem uma única vez olharia para trás, receando que o meu olhar de ódio e desprezo te fizessem odiar-me da mesma forma, desprezar-me ainda mais e, dessa forma ajudar-te a vencer esta corrida. 
Sei que teria que fugir o resto da minha vida, todos os meus dias, e que nem no lugar mais recôndito, fechada na caixinha mais pequenina, encolhida num cantinho imundo, a ti conseguiria escapar. 
Bastava olhar o céu todos os dias (mesmo que fechada dentro de casa) para saber que de ti não há fuga possível. Bastava olhar-me ao espelho (ou mesmo sem ele) observar as minhas mãos, para saber que não me permites fugir-te, escapar-te de forma alguma.
Por isso, TEMPO, que num tic tac infernal que me incomoda os ouvidos e me constrange as atitudes, chegou a tua vez de correr. Corre! Corre! Corre!
Eu cá irei devagar, como na história da lebre e da tartaruga. Corre à vontade! Eu e os meus, andaremos ao sabor do vento de Outono, devagar, devagarinho, quase parados, saboreando cada gesto e polvilhando de açúcar e canela cada momento desta minha vida... nossa vida... deliciosa experiência!

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