quarta-feira, 5 de junho de 2013

B de birra, A de amor!

O dia de hoje começou nublado e a minha disposição tão ou mais nublada que ele. 
Acordei tarde porque o despertador não tocou! Começou a correria contra o tempo e uma luta cerrada às birras inevitáveis da M. que insiste em dormir, em não vestir, em sair de casa sem pequeno-almoço, em não comer o iogurte porque é de morango, em preguiçar para lavar os dentes e pentear a "juba"... UFA! Detesto cada vez mais esse som irritante - tic tac tic tac. Toca a parar! Será que ninguém vê que um dia de mãe tem 24 horas mas precisava ter 48?!
Birra de mãe... birra de filha... birra de filha... birra de mãe... birra para cá, birra para lá, birra, birra, birra! Brrrrrrrrrrr
Saí de casa a mil à hora! Atrasada, de mau humor, com a M. chorosa e triste com esta mãe que parece a filha birrenta! Ao apertar-lhe o cinto da cadeira a tentação em dar-lhe um beijo e um xi apertado foi grande... mas o orgulho maior!
Deixe-a no colégio como sempre e como diz o ditado, velhinho velhinho, "a pressa é inimiga da perfeição", desta vez sem o habitual beijinho e abraço que me confortam o dia. Mau! Muito mau!
Passe o resto do dia com o coração apertado e uma vontade enorme de embalá-la nos braços. 
Hoje o dia termina sombrio e a minha disposição tão ou mais sombria que ele. 
Só quero abraçar os meus filhos, pegar-lhes ao colo e sentir o cheirinho bom dos seus corpinhos de bebé até me sentir nauseada, sussurar-lhes ao ouvido palavras de amor, fazê-los sentir-se seguros e protegidos de todos os males e injustiças do mundo.
Chega de birras! Chega de perdas de tempo com futilidades e cobranças! Chega de exigências e correrias! Chega de viver a vida não a vivendo... ela é tão curta! Tão frustantemente curta! 



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